Observo o rosto bonito, muito jovem que me remete a muitos outros...
A pose certamente combinada com o fotógrafo é ereta e de uma delicadeza singela. Acho que usava baton. Percebo um olhar vago, um pouco triste, talvez pressentindo um futuro incerto, de talvez um casamento, talvez filhos, talvez um lar...
Fico observando e pensando quais seriam suas expectativas, seus sonhos.
Nunca saberei a resposta, só posso lamentar sua ausência, a falta que me fez quando também fui mãe, a falta que me faz até hoje!
"Mãe, sinto saudade de sentar contigo, falar alemão, comer a cuca que fazia para me esperar quando ia visitá-la ou ficar assim de boas, mudas, tomando um chima e olhando pro jardim, sim porque tu amava as flores, as plantas,, a natureza, os animais".
Para ela, como para mim e todas as mulheres do mundo não há manual, é na intuição, é na correnteza ou no fluxo normal da vida que vamos deixando nossas marcas. Faz tempo que não te julgo,critico por isso ou aquilo, já faz tempo que aprendi que cada uma se vira como pode.
Que faz parte do processo pessoal e intransferível, passarmos por experiências por vezes traumáticas. Que dívidas sempre ficarão, mas que é saudável que nos perdoemos..
Te devo a vida, te devo a vida das minhas filhas e te devo tudo que sou e principalmente por ter tido a liberdade de fazer minhas escolhas.
Te devo a vida, te devo a vida das minhas filhas e te devo tudo que sou e principalmente por ter tido a liberdade de fazer minhas escolhas.
Mãe, eu gosto dessa foto, porque assisti num filme que no céu todos são jovens, então é assim que imagino que tu estejas...
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